sexta-feira, 29 de março de 2019

Lil Peep

Resolvi começar a série de artistas relacionados ao Emo trap com o Lil Peep porque ele é o Espelho da angústia neo emo e por causa da morte precoce desse grande artista que abriu portas para que outros artistas surgicem ultrapassando a barreira do gênero.
Lil Peep não foi a primeira pessoa a misturar  Emo e Hip Hop. Quem não lembra que final dos anos 2000 bandas como Blood on the dance e Brokencyde, misturaram hip Hop com músicas do Vans warped Tour para Scenes. Mas eu nunca fui lá com a cara do Crunkcore, que pra mim é extremamente irrelevante e pode até ser divertido, mas não desce nessa goela, fazer o que né? As crianças gostam...Pra mim Lil Peep fez algo bem mais grande do que esses caras, com uma proposta bem mais fudida, conquistando uma grande base de fãs com Crybaby e Hellboy e porque usou samples de Underouth e Mineral, porém pra mim o melhor apanhado dele está em Come Over When You're Sober, Pt. 1,(não que os outros sejam ruins) que combina os 808 and basslines of Trap com guitarras do tipo Emo pop do começo dos anos 2000 para criar um ambiente triste, mas ao mesmo tempo nostálgico, um registro que é muito importante, para o desenvolvimento desse tipo de som.
Outra coisa que eu notei é que Lil Peep não copiou nada e nem sampleou nenhuma música, a proposta é bem mais pessoal e íntima, a topologia das letras são drogas, mágoa, tristeza. O estilo de cantar de Peep é falado/resmungando, como se Future fosse um Emoboy. É algo que envolve e transmite emoção. Lil Peep traz ideias bastante boas para a mesa do hip Hop contemporâneo, que apesar de ser curto, dá um grande passo a frente de outros artistas.
Nota: O peso desse álbum tornou-se com a morte de Peep algo que deve ser levado a sério.
Mas eu estou esperançoso pelo menos o Tracy está lançando coisas legais.


quinta-feira, 28 de março de 2019

Dance Of Days

Dance of Days, época de "a história não tem fim"
Nos anos 2000 algumas bandas marcaram a adolescência de muitos emos, e uma delas era o DOD, que vinha com uma sonoridade até então inédita aqui no Brasil, no entanto, classificar o DOD para um gênero é uma severa injustiça. Eles tinham uma estética meio Emo -gótica e suas influências musicais eram de vários gêneros como Pós punk, Emo, Post HC, hardcore melódico, que hora ia de The Cure, The Smiths, Joy Division , At Drive in, Lifetime, Cólera e indo até próximo de bandas Emo hardcore Straight Edge.
Eles desenvolveram um som meio desleixado, especialmente com gritos de Nenê Altro, as vezes ganindo  vocais, choramingando, cantando  que nem louco, que para alguns pode ser um fracasso ou algo bom, outa coisa é a estrutura musical. Claro, DOD não faz nada de incrívelmente técnico ou complicado. ISSO É PUNK.
Meus destaques vai para o "A história não tem fim", este disco marcou a história da música nacional. Vale lembrar que eles começaram a cantar em português, nadando contra toda a corrente de 90% das bandas de hardcore da época. O disco abria com uma música contra homofobia chamada Se Essas Paredes Falassem e vendeu 18.000 cópias defendendo “um outro lugar onde marte ama marte e vênus possa passear de mãos dadas com vênus sem se preocupar". Esse foi um choque numa cena que, por mais que fosse formada por gente que se dizia serem punks. Existia muito preconceito, principalmente o lance de homofóbia., mas também falando temas como ateísmo (Vinde a Mim), contra a luta partidária (Corvos do Paraíso), contra a opressão do sistema de trabalho (Carro Bomba) e outros temas mais pessoais e políticos... Coração de Tróia album muito querido pelos fãs do quinteto, riffs e harmonias que passeiam pelo pós Hardcore, Emo e pelo punk rock são recheadas com letras metáforicas que usam e abusam de referências pop, mitológicas e  literarias que vão desde a mitologia grega e romana, com sentimentos e filosofia. Veja versos como "Pandora, agora é tarde demais/ O Zyklom B está por toda parte/ e estáticos frente a comerciais/ movemos dínamos e engrenagens:/ Trabalhar e prosperar,/ estudar e alcançar/ o Nirvana patriarcal/ Aprender a processar/ e a parcelar as dívidas./ Kafka, morfina e anthrax." "De correção ou sprays na parede dão a nova ordem./ Garrafas acesas de ódio e napalm/ queimam as flores de Vandré no jardim." "Nos olhos da Guernica ( Um curto verão em La mancha)".
Já o disco a valsa das águas vivas é muito mais pop, as letras estão menos
complexas/metáforas do que em "Coração de Tróia", mas com um ótimo conteúdo também. Destaques para faixas "Um dia comum", "Adeus Sofia", que trás participação da Fernanda Takai (Pato Fu) nos vocais em uma música simples, pop e envolvente. Esse disco vem com várias participações de nomes além de Fernanda Takai, Henrike (Blind pigs), Jair (Ludovic), Badaui (Cpm22) que é a mais comercial do disco. Um canto Para Caronte (Ou como A Manticora Aprendeu A Voar)", Músicas como "Quando O Dia Aquece Sementes Mortas (A Amarga História Do Rei Do Nada)", única música mais caótica do álbum.  Pra fechar tem "A Vitória (ou coisa que o valha)", canção muito boa. Lírios Aos Anjos" tem uma arte gráfica dark que lembra bastante bandas goth-punks, são 12 faixas com influência de bandas pós punk e Emo.  Lírios Aos Anjos vem com letras simples mas longe de serem bobas. Pra encerrar, o DOD continua com seu trabalho, mas eu vejo que seus outros  álbuns, eles foram deixando de lado alguns clichés emo KKK. Por isso resolvi parar por aqui mesmo e deixar os outros álbuns pra depois quem sabe né?.
Dance Of Days marcou os dias de muita gente por aí. Como o Koala do Hateen diz, o Dance Of Days faz parede falar, leva a molecada às estrelas etc...
Discografia

quarta-feira, 27 de março de 2019

Count You Lucky Stars Records

Count Your Lucky Stars
Formada em 2007
Localidade de origem: Farmington Hills, MI, United States
Local de atuação: Fenton, MI, United States    

Olá, pessoal estou começando um projeto de mostrar selos, gravadoras, coletivos, que tenham algum envolvimento com o Emo e gostaria de estrear com a nossa estrelinha principal do Emo Revival, nossa querida Count your lucky stars.Ela foi fundada em 2007 pela Empire! Empire!, Sendo considerada uma das melhores gravadoras de Emo moderno. Tendo assinado com muitas bandas importantes como Joie the Vivre, Dowsing, Hightide Hotel e outros atos notáveis do avivamento Emo. O catálogo da gravadora compila bandas que chegam a catapultar ideologias por meio de música com um ideal de som parecido O Empire! Empire!  viu o movimento Emo ficar na interpretação da música comercial. Como se eles tivessem resgatado musicalmente a idéia de bandas dos anos 90 e receberam do público a expressão “emo revivalistas”. O selo abraçou um ideal pé no chão de ética e se mantém, até hoje, como referencial de gravadora que faz o que bem quer, à total revelia da indústria fonográfica. Se você tem interesse em Emo revival não deixe de ouvir o catálogo dessa firma maravilhosa.

Quando a estética Emo e seus esteriótipos deram a luz a um subgênero no Trap

Emo trap amado por uns, odiado por outros.

A diversificação do Hip hop nos últimos tempos tem sido algo bastante extremo e a ascensão de artistas como Kanye West, permitiu que outros artistas como Kid Cudi e Drake exploracem temas mais pessoais em suas canções que acabou abrindo espaço para toda essa geração. E o Soundcloud foi responsável pelo surgimento de Sub-divisões que usam a arrogância como ideia principal e boa parte dessas subs mais fodas que o rap tem hoje foi resultado de influências de outras culturas e isso é bastante normal.
Quase todos os gêneros da música acontece isso, com o Emotrap não foi diferente, antes os tais artistas estavam entre Alternative R&B, cloud-rap, Sadtrap, ou sei lá o que.
Existem boatos que o termo Emo foi usado no rap em meados dos anos 90, quando Rappers do underground eram envolvidos com a cena Hardcore punk
, mas foi em meados de 2010 que o termo tornou-se popular com uma tentativa de categorizar  alguns artistas notáveis da emergente cena vinda do Soundcloud e pelo uso de alguns Samples.
Emo trap pode ter sido um dos maiores memes desses tempos, Se antes os rappers estavam ancorados em assuntos políticos e sociais, agora o foco principal gira
em torno de letras melodramáticas, assuntos como depressão e tristeza, em batidas com o uso de um baixo saturado e arpejos de guitarra, pode usar samples de outros gêneros (isso não é obrigatório), fazendo a ligação do Trap/Hip Hop com elementos da cultura Emo. Pode ser cringe? Né, mas eu sinto em dizer que Rappers também choram, eles também gemem de dor, eles também podem estar na merda. Digamos que o que sujou a imagem do subgênero emergente, foi a galera fazer propaganda dizendo que o Lil Peep seria o inventor do Emo trap. CLARO que o Lil Peep é o espelho de toda essa cena e éinegável que ele representa, em total importância, o nome que fez o subgênero do rap ser visto. Em um perfil escrito pela Pitchfork, ele foi descrito como o “futuro do emo”, e isso acabou afastando vários entusiastas do Emo e atraindo adolescentes tristes que usam imagem do Bart tatuado na cara e com um semblante de tristeza. Lil Peep pode até ser Emo, mas o futuro do emo ele não é, e como O Tracy disse "não é só ele que tá revivendo isso".

Por outro lado, o maior erro do pessoal da REALEZA é achar que o Emo trap precisa obrigatoriamente da total importância ao Emo, nenhum rapper ta preocupado com isso, os caras só querem fazer música sobre depressão, sexo, drogas e dramas de relacionamento, não importa se a influência é propriamente do emo, índie, pop punk ou metal. Mas uma coisa é certo esse tipo de música é a sintomática dos tempos.

Minha proposta neste post não é fazer uma definição do que é Emo trap e muito menos elencar os melhores artistas ou registros, mas sim, apenas tentar quebrar certos preconceitos e lhe dá o espaço que a comunidade sempre o negou. Se você é fã desse tipo de música, eu aconselho que vá em frente e dê uma chance. Mas se você é incapaz de abordar com a mente aberta, e não tem  a minima paciência para jovens emocionais falando sobre merdas da vida, desilusão e abuso de drogas, então eu recomento sair fora.

sábado, 23 de março de 2019

Em meados dos anos 2000, bandas Emo aliciavam meninas e envenenavam meninos com misoginia


Ao mesmo tempo que, Jesse Lacey, da Brand New, estava cantando músicas sobre desejar que sua ex-namorada morresse em um acidente de avião porque ela teve a audácia de fazer um semestre na faculdade no exterior, ele estava forçando menores de idade a enviar nudes.

Quando ele estava cantando canções sobre embebedar mulheres e depois as foder no estacionamento, ele estava se masturbando na webcam na frente de garotas horrorizadas.

Essas coisas não estão desconectadas. O fato de que aquelas garotas acharem que não podiam publicamente compartilhar o que aconteceu com elas mais de 10 anos depois, agora que elas tem quase 30 anos, não é coincidência. As letras cantadas por seus heróis e em bandas como Brand New, Fallout Boy, Weezer e New Found Glory colocaram elas como presas de homens emo sensíveis.

Brand New Band

Em 2003, Jessica Hopper escreveu sobre o surgimento do emo comercial e o completo desprezo com o qual os compositores masculinos que operam neste gênero viam as mulheres. Seu ensaio, Emo, Where The Girls Are not , examina a misoginia do emo em um contexto mais amplo dentro da música rock — um gênero que tem uma longa e orgulhosa história de misoginia e desprezo para as mulheres.

Os letristas emo masculinos, escreveu Hopper, retrataram mulheres “em um pedestal ou em nossas costas. Musas era melhor. Trapos de esperma ou invisíveis na pior das hipóteses. “

Ou, como as letras de Pete Wentz para “Sugar We’re Going ‘Down Swingin’ de Fallout Boy” de seu álbum de 2005 From Under The Cork Tree colocaram claramente:

“Eu sou apenas um entalhe no pé da sua cama / mas você é apenas uma linha numa canção.”

Ou, em “Dance Dance” do mesmo álbum:

“Só quero compreensão com você indo pra cama comigo.”

Sua própria introdução adolescente contra a contracultura veio através da exposição a Riot Grrl, essa reação alimentada pelo feminismo com raiva ao mundo dos anos 80, e ela se perguntou como essas garotas seriam afetadas pela exposição precoce a essa misoginia entregue em um pacote atraente e bonito:

“Minhas mais profundas preocupações com os efeitos persistentes do emo não são tanto para mim quanto para os meus amigos — temos refúgio em nossas plataformas político-pessoais e profundas coleções de discos — mas sim para as adolescentes que vejo se aglomerar em frente aos shows emo. Aqueles para quem isso é a sua introdução no underground … Os que procuram música, que desejam apostar que alguns afirmam que o punk rock, ou uma avenida subterrânea, uma saída, um caminho, para assentar o aparentemente inabalável, necessidade sem nome — na mesma coisa que eu cheguei com o punk rock “.

Jessica Hopper estava preocupada com os efeitos culturais que essa misoginia tímida teria nas mulheres jovens envolvidas com a criação de sua própria arte. O argumento de Hopper era que as mulheres jovens não poderiam se imaginar fazendo música e tento uma banda, se tudo o que elas vissem com frequência, era todas as bandas emo masculinas escrevendo sobre o quanto suas ex são maus. Foi a antítese de suas próprias experiências com Riot Grrl.

É um ponto justo, mas aqui está a grande questão — que efeito tem o comportamento e a atitude de Jesse Lacey a aqueles adolescentes impressionáveis que eram seus fãs?

Desde a virada do milênio, uma geração de jovens angustiados tem sido influenciada por Jesse Lacey e seus contemporâneos. Eles o viram escrever canções de autocomiseração sobre o quão triste ele é e idolatrado por isso. Tão sensível! Tão torturado! Não como os outros! Ele e os meninos como ele não vão te machucar como os outros.

O legado de Jesse Lacey foi um comportamento que serviu de modelo para uma geração de adolescentes que acha certo tratar as mulheres com desprezo. Se você estiver em uma banda, é ainda mais ok, porque você é um artista torturado e a dor e o sofrimento dessas mulheres estão realmente ao serviço da arte. Como um homem em uma banda, você tem direito aos corpos e mentes e a confiança dessas garotas. É o seu por direito.É como groupies, mas menos Quase Famosos e mais assustador.

Nos 15 anos que passaram entre Jesse Lacey escrevendo músicas chorosas sobre meninas que escolhem usar maquiagem e não apreciar suas banda pop-punk favoritas e Jesse Lacey, marido e pai a beira da meia idade, ter que explicar publicamente seu comportamento revoltante no passado , essa representação deveria ser mais examinada.

O agora o famoso monólogo “Cool Girl” do livro de Gillian Flynn (e posterior), Gone Girl, fornece uma visão sobre por que esses homens adultos continuam tentando diminuir adolescentes em vez de mulheres de sua idade:

“Os homens sempre dizem isso como definição de elogio, não é? Ela é uma garota legal. E se você não é uma garota legal, eu imploro que você não acredite que seu homem não quer a garota legal. Pode ser uma versão ligeiramente diferente — talvez ele seja vegetariano, então a garota legal ama seitan e é ótima com cachorros; ou talvez ele seja um artista moderno, então a garota legal é uma nerd tatuada e com óculos que gosta de quadrinhos. Há variações nas definições, mas acredite em mim, ele quer uma garota legal, que é basicamente a garota que gosta de todas as merdas que ele gosta e nunca se queixa. (Como você sabe que você não é uma garota legal? Porque ele diz coisas como: “Eu gosto de mulheres fortes”. Se ele diz isso para você, e ele em algum momento vai foder com outra pessoa. Porque “eu gosto de mulheres fortes” é o código para “odeio mulheres fortes”) “

Esses homens não querem mulheres adultas. A mulher adulta vê através das suas bobagens de messias da gentileza torturado. Eles querem meninas — em muitos casos, literalmente escolares que são legalmente incapazes de dar consentimento sexual.

Este princípio se estende aos cortejos em torno de bandas mesmo que moderadamente bem sucedidas no gênero emo / pop punk.

Em meados da década de 2000, quando a banda australiana The Getaway Plan estava no auge de sua fama, o gerente de sua turnê, John Zimmerman, estava usando sua proximidade com a fama de preparar e violar 55 adolescentes, muitas tinham 14 anos. Quase todas suas vítimas eram fãs do The Getaway Plan, e mais de uma vez ele prometeu a suas vítimas que elas iriam se juntar à banda em turnê e conhecer os membros. Zimmerman tinha 21 anos quando começou a abusar e em 2006 e foi considerado culpado de 92 acusações, incluindo estupro, ato sexual com penetração em uma criança com menos de 16 anos, posse de pornografia infantil, usando um serviço de transporte para aliciar menores e usar um serviço de transporte para molestar.

Ele foi condenado a 16 anos de prisão e será registrado como agressor sexual pelo resto da vida.

Quero ser claro que não estou insinuando que os membros do The Getaway Plan estiveram envolvidos nas atividades de Zimmerman, ou que não estivessem horrorizados quando descobriram sobre eles. No entanto, este trecho de um relatório sobre a sentença de Zimmerman no jornal Melbourne The Age descreve um comportamento que é deprimentemente semelhante às alegações feitas contra Jesse Lacey:

“Zimmerman incentivou uma vítima, que tinha 14 anos, a enviar fotos de si mesma usando lingerie, disse o juiz Maidment ao tribunal.

Depois que eles concordaram em se encontrar, Zimmerman escolheu uma garota em idade escolar e a agrediu sexualmente na parte de trás de sua van.

Ele mais tarde a pressionou a encontrá-lo novamente, ameaçando que iria revelar o que ela tinha feito anteriormente com ele.

O juiz Maidment disse que Zimmerman usou essa abordagem com muitas de suas vítimas “.

Nas seções de comentários e em fóruns de mensagens em toda a internet, existem histórias e denúncias sobre dezenas de homens em bandas de pop-punk que se envolveram em uma conduta sexual com meninas menores de idade ou quase de idade, a maioria fãs.

No início desta semana, a banda australiana de pop-punk With Confidence foi expulso de de sua turnê dos EUA, apoiando Knuckle Puck, após as alegações de que seu guitarrista Luke Rockets estava fazendo sexting (troca de mensagens com conteúdo sexual) com uma fã que não tinha idade de consentimento. Os detalhes são deprimentemente semelhantes às histórias de Jesse Lacey, mas em vez de AIM em um computador desajeitado com uma webcam externa no dial-up, era o Facebook Messenger em um dispositivo portátil. As acusações vieram com algumas capturas de tela condenatórias e revoltantes de ditos sextings, e a banda disparou rapidamente ficaram furiosas antes de fazer uma declaração em apoio da vítima. Alguns dias depois, outras mulheres jovens compartilharam screenshots das mensagens do Snapchat de 2013, onde o cantor Jayden Seely pediu fotos explícitas. Ela era menor de idade e ele tinha 20 anos. A banda fez mais uma declaração e saiu de todas as turnês planejadas —em grande parte, porque cada turnê e festival que eles haviam reservado foram retirados da programação.

Bandas como Camp Cope, Waxahatchee e Speedy Ortiz têm membros femininos que cresceram sob a nuvem do boom emo nos anos 2000. Não tenho dúvida de sua sinceridade contra a cultura “bro band” é um resultado direto de suas experiências formativas como adolescentes, e que elas colocam todos os dias como adultos. O novo single de Camp Cope, The Opener é uma derrubada dolorosa do abuso emocional e da misoginia perpetrados por homens que se sentem incrivelmente desconfortáveis quando as mulheres invadem os lugares que vêem como “deles” — o palco, as filas do festival, os grandes locais.

Não consigo imaginar nada disso acontecendo durante a era do MySpace, quando Brand New estava no seu auge e a conduta pessoal de Jesse Lacey era mais repreensível. Talvez a maré esteja virando. O mais provável, é que ele é um bom marketeiro a ser visto como “mudado”, e mau marketeiro para ser visto como voluntariamente abominável.

Brand New estava planejando chamá-lo um dia no próximo ano, e seu álbum recentemente lançado, Science Fiction. Jesse Lacey tem o maior complexo de messias na música popular desde Billy Corgan e sem dúvida ele vai ver toda essa bagunça como a crucificação que ele esperava o tempo todo, um final dramático para a vida de um mártir. Esperamos que não haja ressurreição da misoginia e da depredação tóxica, e seus contemporâneos vendidos massivamente a adolescentes impressionáveis ​​de todos os gêneros.

Quero deixar bem claro que a autoria deste texto não tem nenhum vínculo com a emo e outros gritos, e qualquer reclamação deve ser atribuída aos responsáveis.

Texto original em inglês aqui. Tradução livre por Yatahaze, poderá conter alguns erros por não ser tradução profissional.

segunda-feira, 18 de março de 2019

Escuto emo, tenho emoções, não sou triste.


Moss icon (capa do Hate in me)
Voltei.
O ano de 2019 começou com cores vivas e tristes no Brasil, tivemos a posse do presidenciario Bolsonaro, o triste holocausto na barragem de Brumadinho MG, a passagem do carnaval cheio de bundas, plumas e protestos e mais recente a tragédia na escola de Suzano SP provocada por jovens sem nenhuma noção de vida.
Eu sei que isso provavelmente é algo irrelevante depois de todos esses acontecimentos.
Eu estou em casa ouvindo meus álbuns Emo de minha preferência.
Mas eu não estou deprimido nem um pouco. Normalmente, as pessoas acham que você é reflexo da música que você ouve. Por exemplo, pegue esse gênero “Emotional hardcore” também conhecido como Emocore. Eu ouço bastante isso, não pelos sentimentos de outra pessoa e como eles se sentem, mas como isso me faz sentir quando ouço isso. Por muito tempo as pessoas assumiram que, ao curtir um determinado tipo de mídia, denota que você é uma pessoa ruim, burra, tosca, agressiva. Eu jogo GTA e nem por isso eu saio roubando carros e atirando nas pessoas, eu não ligo meu som e ouço as principais estações de rádio evangélica para provar que eu sou uma pessoa boa, eu não gasto toda minha grana e compro uma roupa cara, e depois saio com meus amigos para uma festa porque não é quem eu sou. Eu ouço essa música não como uma expressão de quem eu sou, mas porque eu sinto atraído por isso, É uma espécie de sensação que nenhum outro gênero que eu já ouvi tem. Muitas vezes é agradável apenas por ser triste e fudida, mas está longe de ser uma música totalmente triste - muitos desses álbuns que compõem o gênero são mais recompensadores com repetidos ouvidos. Eles são inteligentes, inovadores e muito especial para mim, apesar do que o nome do gênero possa sugerir. Há também um incrível senso de racionalidade nisso. Emo (na sua verdadeira forma) nunca teve seus quinze minutos de fama. Desde que começou a bombar esse termo sempre foi visto como uma piada e música pra adolescente pseudo deprese, como tal, os envolvidos fazem isso porque é o que amam. Observe quantas dessas bandas são basicamente sem exposição. A música está por si só. 
Eu suponho que, em última análise, se resume a saber se você pode ou não gostar de ser chamado de Emo. Eu posso entender por que algumas pessoas não gostam disso, o maior fator é provavelmente a relação e, possivelmente, um estigma de estar ligado aos  "emo kids" / "scene" dos anos 2000. Por outro lado. Eu acho que algumas pessoas gostam de emo. Em suas cabeças eles gostam disso, mas não o ouvem porque não gostam da maioria das pessoas associadas ao gênero e à maneira como a mídia vestiu o gênero.
Mas isso não me incomoda. Porém, eu estava navegando na internet e no youtube (e lendo comentários, o que eu realmente não deveria fazer) me deparei com muitas pessoas dizendo que o emo está morto, e que todas as bandas são genéricas e iguais, ou a maioria das bandas conhecidas nos anos 2000 não são mais emos...eu acho que essas pessoas estiveram dormindo por muito tempo ( ou foram levados para dentro de um jogo virtual e só voltaram agora.
Eu realmente não entendo, KKK, do topo da minha cabeça eu posso nomear uma quantidade enorme de bandas boas.
Se você quiser uma "atmosfera" para me cercar. sim, esses álbuns são tristes no seu núcleo, mas eles também são emocionais e nostálgicos. Estas são para pessoas que são um pouco mais experientes no gênero “Emo”.Eu não sou um fã True porque eu gosto de outras coisas tbm, mas uma coisa é certa, eu gosto deste gênero e espero que alguém além de mim possa aprender algo novo que eles nunca ouviram antes e apreciá-lo. Se não, então sinto muito por desperdiçar seu precioso tempo.

quarta-feira, 6 de março de 2019

Jade Tree Records

Jade Tree International, Inc. é uma gravadora Independente formada por Darren Walters e Tim Owen em 1990.

História

Darren Walters  conheceu Tim Owen  em Washington. DC. 1987. Na época, Walters já havia lançado um disco em sua gravadora, a Hi-Impact Records. Owen e seu amigo Carl Hedgepath decidiram criar sua própria gravadora, a Axtion Packed Records. Ambos os rótulos focados em Hardcore SxE.

Depois que Owen se formou na faculdade, em 1990, ele queria começar um novo selo com maior diversidade musical. Ele achava que Walters era bom no lado comercial da criação de um selo e pedia a ele para co-fundar.

Crescimento e se estabelecendo (1991-1996)

O novo selo começou com muitas bandas de gêneros diferentes. Mas depois a gravadora começou a se focar mais em grupos Emo. Sendo uma das principais gravadoras do Emo noventista.

Em 1996, as vendas começaram a aumentar depois que a gravadora lançou o 30 ° Everywhere da Promise Ring . Eles continuaram a crescer através dos lançamentos da Lifetime, Jetz to Brazil . O selo usou os designers gráficos Jason Gnewikow e Jeremy Dean para muitos lançamentos.

Meia-idade (1997-2008)

Bandas assinadas pela Jade Tree lançaram álbuns que tiveram suas músicas mais tocadas Alkaline Trio , Jets to Brazil e Joan of Arc .

A queda da Árvore (2009-2013)

Quando o distribuidor principal foi reduzido em 2009, a Jade Tree reduziu também. Isso levou a uma queda da frequência de novos lançamentos do rótulo.

Todo catálogo disponível (2014-2016)

A Jade Tree disponibilizou toda sua discografia para download e streaming digital no Bandcamp em junho de 2014. Isso marcou um aumento planejado no número de novos lançamentos.

A venda da gravadora (2017-presente)

Em 2017 Epitaph Records comprou todo o catálogo da Jade Tree e começou a relançar o catálogo anterior em vinil.

Maximum Rock N' Roll

Maximum Rock 'N' Roll

Maximum Rock'N'Roll é um dos zines mais amplamente distribuídos no mundo. É um fanzine mensal dedicado a apoiar e reportar a cena punk rock underground .

Maximum Rock'N'Roll começou como um programa de rádio em 1977 na estação de rádio pública KPFA de São Francisco. Foi um show de punk rock apresentado pelos DJs Tim Yohannan e Jeff Bale . Além de tocar música, Yohannan e Bale convidaram músicos e fãs do punk para entrar no estúdio, e no show estavam incluídos Ruth Schwartz (dono da distribuição Mordam) e Jello Biafra (do Dead Kennedys).

Maximum Rock'N'Roll zine apareceu pela primeira vez em 1982 como o livreto de papel de jornal incluído no LP de compilação "Não tão quieto na frente ocidental", lançado no Alternative Tentacles de Jello Biafra. O formato do MRR foi modelado em certa medida após o Estripador de Tim Tonookazine. O zine incluiu entrevistas de bandas, colunas, resenhas e reportagens de cena de todos os EUA. Com Yohannan no comando como coordenador de editor / zine, o MRR floresceu em um zine mensal de jornal com ampla distribuição (devido em grande parte por causa de sua distribuição através de Mordam, que Yohannan e MRR apoiaram no início de seus anos).Durante os anos 80 e até a internet decolar nos anos 1990 e 2000, a MRR era a rede essencial, fofocas e zine de notícias para músicos punks, fãs, editores de zines, bookers, promotores e selos independentes.Como editora, Yohannan defendeu a ética DIY e a política radical e usou o zine para promover não apenas música underground, mas também sua filosofia pessoal. Essas mesmas éticas ainda são usadas para orientar as práticas e políticas comerciais atuais da MRR.

O MRR publicou cerca de 400 edições mensais sem perder um mês. Apesar de não ser "a bíblia punk" que já foi, pelo menos no sentido exclusivo (a comunidade punk agora tem inúmeros zines e recursos da Web), a MRR ainda é um dos zines amplamente lidos que saem da cena punk. O zine ainda apresenta uma riqueza de entrevistas, artigos, notícias, resenhas de músicas e zines, colunas e relatórios de cena a cada mês. Infelizmente a MRR acabou, mas seu legado estará vivo.



Compilação de Emo latino


É uma compilação de bandas do continente (e algumas espanholas) que é de autoria do El basurero del Emo, blog que vêm reunindo informações sobre bandas latino-americanas no seu curto espaço de tempo, o despejo Emo se tornou uma grande referência para mim, me ajudando a conhecer muitas coisas do nosso continente. (Um beijo e bom abraço para meu amigo Enzo Raffler😘)

Voltando a compilação, ela é composta por 15 músicas de várias nacionalidades como, Argentina, Chile, Perú, Equador, México, e Convidados da Espanha, músicas que abrangem o Emoviolence ao Midwest Emo.

Eu fiquei um pouco triste por não ter nenhuma banda brasileira, mas fico feliz por meus irmãos terem esse tipo de iniciativa, para um gênero que as pessoas acham que não existe por essas regiões "menos favorecidas", onde que as pessoas só olham para o país do tio Sam quando se fala em Emo. 

Eu gostaria de finalizar ressaltando a arte da capa que é de autoria de um cara chamado Jarub.

Visitem o blog  do nosso amigo e acompanhe as redes sociais do El basurero del Emo.

https://elbasurerodelemo.bandcamp.com/album/el-basurero-del-emo-vol-1?from=embed


The Emo Diaries (Informações)



The Emo Diaries é uma série de doze álbuns de compilações lançados pela Deep Elm Records entre 1997 e 2011. A série tinha uma política de envios abertos e apresentava principalmente atos que não estavam assinados na época dos lançamentos dos álbuns. O fundador da Deep Elm, John Szuch, afirma que o nome original da série deveria ser The Indie Rock Diaries , mas isso foi descartado pelo fato de que o primeiro volume incluía Jimmy Eat World e Samiam , que assinaram com a banda. gravadoras. O Emo Diaries foi escolhido porque The Emotional Diaries seria muito longo para caber na capa do álbum. Apesar do título, as bandas apresentadas na série têm uma diversidade de sons que nem todos se encaixam necessariamente no estilo emo.  Andy Greenwald , em seu livro Nothing Feels Good: Punk Rock, Teenagers e Emo , afirma que a série "aposta uma reivindicação de emo como mais uma estética compartilhada do que um gênero":
As bandas incluídas vêm de todo o mundo, e os estilos musicais vão desde o punk de corridas até o droopy, o electro do noodle. Ainda assim, a prevalência da série - juntamente com suas legendas sentimentais ( A Silêncio [em] Meu Coração , eu acho que isso é adeus ) e arte de capa de tatuagem maníaco-depressiva - fez muito para codificar a palavra "emo" e espalhá-la para todos cantos do underground.

O próprio Deep Elm observou que a política de submissão aberta e a diversidade de bandas da série o tornaram único: "Apenas a música importava. A Deep Elm nunca tentou definir nenhum estilo musical, pois acreditamos que qualquer combinação de composição, letras e ao vivo desempenho significa algo diferente para cada ouvinte ". Os Diários Emo destaque então novo e músicas inéditas por tais actos notáveis como The Appleseed Cast, Brandtson , Further Seems Forever , Jejune , Jimmy Eat World, The Movielife , Planes mistaken for stars, Samiam. Dez parcelas foram lançadas entre 1997 e 2004, após o que a série foi oficialmente interrompida. De acordo com o selo:
Deep Elm citou a bastardização do termo "emo" na cultura pop de hoje, bem como o estrangulamento do mainstream e posterior comercialização do gênero, que colocou o foco diretamente na estética ... não a música, a energia ou a paixão. Essencialmente, o Deep Elm se recusou a jogar o jogo e fechou as portas do gênero que eles ajudaram a documentar, nutrir e expor ao mundo.

No entanto, em 2007, o selo publicou um décimo primeiro capítulo da série intitulado Taking Back What's Our . Em abril de 2010, Deep Elm começou a solicitar submissões para uma décima segunda parcela de The Emo Diaries , que foi lançada em janeiro de 2011 como I Love You But in the End I Will Destroy You .
Apesar de toda essa polêmica sobre o selo e a Deep Elm se tornando uma major índie vale a pena conferir algumas compilações do Emo Diaries.

    Chapter One: What's Mine Is Yours

    • DER-362
    1. Jimmy Eat World - "Opener"
    2. Camber - "Sunday Brown & Green"
    3. Race Car Riot - "The Last in 4000"
    4. Lazycain - "Stupid Maybe Still"
    5. Pave The Rocket - "Zone"
    6. Samiam - "Ordinary Life"
    7. Rain Still Falls - "Beginner Swimmer"
    8. JeJune - "Hialeah"
    9. Triple Fast Action - "I Want To Know"
    10. Red Level - "Turn It On"
    11. Only Airplanes Count - "Kings Do Not Have Watches"
    12. Pohgoh - "Friend X"

    Chapter Two: A Million Miles Away

    • DER-367
    1. Pop Unknown - "Writing It Down For You"
    2. The Appleseed Cast - "Max"
    3. Seven Storey Mountain - "Incomplete"
    4. The Blacktop Cadence - "Cold Night In Virginia"
    5. Brandtson - "Holly Park"
    6. Shooters & Senders - "The Wrath"
    7. Buford - "After Dark"
    8. The Jazz June - "S.E.G."
    9. Plain - "Life Without Ambition"
    10. Magstatic - "Somedays"
    11. My Favorite Citizen - "Kayla Learns To Dance"
    12. Strike Force - "Nova"
    13. The Miracle of 86 - "Teenage Unity Song"

    Chapter Three: The Moment Of Truth

    • DER-373
    1. Starmarket - "Last Verse"
    2. Planes Mistaken For Stars - "The Past Two"
    3. Penfold - "Microchip"
    4. Saddest Girl Story - "VW Keychain"
    5. Cross My Heart - "Hearing Things"
    6. Sweep The Leg Johnny - "New Buffalo"
    7. Schema - "Vanishing"
    8. Ultramagg - "One Thousand Directions"
    9. Speedwell - "Pacifique"
    10. Psara - "Christopher Columbo"
    11. Biblical Proof of UFOs - "Cigar"
    12. Chase Theory - "Pharaohs & Kings"
    13. Epstein - "Right Hand Rule"
    14. Last Days of April - "Nothing's Found"

    Chapter Four: An Ocean Of Doubt

    • DER-381
    1. Five Speed - "What's Our Dilemma"
    2. Red Animal War - "Backbreaker"
    3. The John Doe Band - "Supergirl"
    4. Ed Matus' Struggle - "Distance"
    5. Aina - "Rolling Snowball"
    6. Further Seems Forever - "Vengeance Factor"
    7. Keystone Sinatra - "Twenty1""
    8. The MovieLife - "Valens"
    9. Spy Versus Spy - "Set The Spokes Alight"
    10. ODG - "Corners"
    11. Merrick - "Milk And Lots More"
    12. Flux Capacitor - "Sasshe"

    Chapter Five: I Guess This Is Goodbye

    • DER-390
    1. The White Octave - "Looking Past Sky"
    2. Slowride - "Daydreams Of A Future"
    3. Reubens Accomplice - "You Do It Awfully"
    4. The Walt Lariat - "6:00AM in Cortona"
    5. Sunfactor - "Frostbite"
    6. Eniac - "I'll Never Get Home"
    7. Benji - "Interlude / All At Once"
    8. Kerith Ravine - "Two Empty Bottles"
    9. Cast Aside - "Racecar Theory"
    10. Billy - "Accentuate"
    11. The Others - "For Good"
    12. The End of Julia - "Landmine"

    Chapter Six: The Silence In My Heart

    • DER-403
    1. Southpaw - "Hub"
    2. Lewis - "Everything's Changed"
    3. Benton Falls - "Tell Him"
    4. Stuart - "2:1"
    5. Dear Diary - "This Year's First Snow"
    6. Barcode - "Kent"
    7. Hangin'On A Thread - "Flavour"
    8. Andherson - "Wellspent"
    9. Honesuckle Serontina - "Stoopid"
    10. Naht - "Way Not Stand Against You"
    11. Dead Red Sea - "Even If There's A Chance In Hell"
    12. Desert City Soundtrack - "Left You For Who You Are"

    Chapter Seven: Me Against The World

    • DER-407
    1. Tabula Rasa - "The Effects That Try"
    2. Time Spent Driving - "Lowlight"
    3. Before Braille - "Venom By Memory"
    4. This Beautiful Mess - "Racing The Mosaic"
    5. Dorian - "There Are Many Ways To and From..."
    6. Halifax Code - "Karate Mansions"
    7. Drive Til Morning - "Engine Roars Me To Sleep"
    8. Seven Head Division - "One For The Money"
    9. Waterpistol - "This Is What I Get"
    10. The Killing Suspense - "Feel The Way I Do"
    11. Two Weeks From Tomorrow - "Motorbike"
    12. One Starving Day - "Animus"

    Chapter Eight: My Very Last Breath

    • DER-417
    1. Kelly8 - "Superstud"
    2. Long Since Forgotten - "Just Listen"
    3. Fading Fast - "White For Poison, Black For Purity"
    4. Logh - "Guided Tour Of A Dead Man's House"
    5. Down-To-Earth Approach - "Fourth Rung Of The Ladder"
    6. Hateen - "Danger Drive"
    7. The Colour Blue - "Of Our Disregard"
    8. The Day Action Band - "Regret"
    9. A Season Drive - "No Air"
    10. The Solo Project - "Dreams Like Knives"
    11. The Home Team - "Let Go"
    12. Slow Coming Day - "A Mere Accident"

    Chapter Nine: Sad Songs Remind Me

    • DER-424
    1. So Sad Althea - "As I Fall Apart"
    2. Michael - "Finish Line"
    3. Surrounded - "High Five Hiero"
    4. Iamuse - "As The Summer Pass Us By"
    5. The Local Art - "Karenaihana"
    6. The Paper Champions - "Ask Emma"
    7. La Pieta - "More Of The Sky"
    8. Settlefish - "When The Light Becomes Green"
    9. Avec - "The Last Injection"
    10. Milton Mapes - "Big Cloud, Big Sky"
    11. At The Close Of Every Day - "High School Lovers USA"
    12. The National Anthems - "My Picture"

    Chapter Ten: The Hope I Hide Inside

    • DER-432
    1. Oliver - "Straightest Jacket"
    2. My Name Is Nobody - "Brother Abel"
    3. The Holiday Plan - "Projecting Power"
    4. Sounds Like Violence - "The Light Is Such A..."
    5. A Month Of Somedays - "Forever Mine"
    6. Chasing Victory (Bailey Drive) - "How Would It... "
    7. Lock And Key - "Crow's Nest"
    8. Hercules Hercules - "Red Makes White"
    9. Lukestar - "Alpine Unit"
    10. Latitude Blue - "On The Corner"
    11. Lost On Purpose - "Friends"
    12. The Silent Type - "Jus Primae Noctis"

    Emo eu???



    O verão de 85 teria sido marcada pelo surgimento do Revolution Summer quando uma nova onda de bandas vieram com uma proposta de revitalizar a cena Hardcore. O termo Emo foi criado na música por publicações de jornalistas e fanzineiros da época que viram que as bandas tocavam de forma mais Emocional. Mas a galera não aceitou muito esse termo, porque para eles o hardcore sempre foi Emocional.
    Os dois pioneiros do Emo regeitaram sua cria.
    Guy fala em uma estrevista que acha o termo mais insignificante e pergunta e os Bad Brains eram robôs?
    Com Ian não foi diferente, quando em um show ele parou e começou a falar que o termo era estúpido e uso até uma referência ao Emo Phillips ( que era um comediante da época) para ressaltar mais ainda como o termo era estúpido.
    "Quase toda música não é emocional em algum grau ou outro? É um termo absurdo"
    É muito comum as pessoas brigarem pela paternidade de um gênero, mas com o Emo foi diferente, ninguém quer saber do coitado.

    Mas como tudo tem dois lados. Eu gostaria de ressaltar porque o termo não é tão estúpido.
    Veja essa publicação da Thrasher:
    “Ele atende pelo nome de Emo-Core ou Emotionmaal Hardcore. Bandas como Embrace (com Ian MacKaye), Rites of Spring, Beefeater, entre outros, estão tomando a intensidade de uma projeção emocional e adicionando-a totalmente em seus respectivos sets ao vivo. Dizem que as multidões são deixadas em lágrimas pela intensidade. Esse tipo de show não é um assunto frequente, já que as bandas estão completamente esgotadas após suas apresentações. ”(Fonte: Thrasher , janeiro de 1986)
    Emo pode ser ridículo, mas o não é totalmente falso: o gênero que MacKaye e Piccioto ajudaram a criar tornou-se conhecido por bandas que usam seus corações em suas mangas. Mesmo em 1986, o emo estava sendo mitificado e romantizado como um estilo de música que deixava o público em lágrimas e deixava os artistas “completamente esgotados”.
    Era instrumentos derrubados, destruídos, gente chorando, pessoas sangrando a garganta de tanto gritar, banda tocando de costa para plateia, pessoas com jaquetas escritas nas costas com o nome "Não chore garoto Emo" ou "Enfie a faca nas minhas costas".

    O Emo foi buscar, essa lágrima, esse grito. Questionando sobre seus valores. Era necessário romper com os limites impostos pelo Hardcore e todo o preconceito que haviam alimentado, tais preconceitos que impediam a exploração de uma música mais criativa.
    É por esses motivos que eu tenho orgulho de ser Emo e ser livre.