O verão de 85 teria sido marcada pelo surgimento do Revolution Summer quando uma nova onda de bandas vieram com uma proposta de revitalizar a cena Hardcore. O termo Emo foi criado na música por publicações de jornalistas e fanzineiros da época que viram que as bandas tocavam de forma mais Emocional. Mas a galera não aceitou muito esse termo, porque para eles o hardcore sempre foi Emocional.
Os dois pioneiros do Emo regeitaram sua cria.
Guy fala em uma estrevista que acha o termo mais insignificante e pergunta e os Bad Brains eram robôs?
Com Ian não foi diferente, quando em um show ele parou e começou a falar que o termo era estúpido e uso até uma referência ao Emo Phillips ( que era um comediante da época) para ressaltar mais ainda como o termo era estúpido.
"Quase toda música não é emocional em algum grau ou outro? É um termo absurdo"
É muito comum as pessoas brigarem pela paternidade de um gênero, mas com o Emo foi diferente, ninguém quer saber do coitado.
Mas como tudo tem dois lados. Eu gostaria de ressaltar porque o termo não é tão estúpido.
Veja essa publicação da Thrasher:
“Ele atende pelo nome de Emo-Core ou Emotionmaal Hardcore. Bandas como Embrace (com Ian MacKaye), Rites of Spring, Beefeater, entre outros, estão tomando a intensidade de uma projeção emocional e adicionando-a totalmente em seus respectivos sets ao vivo. Dizem que as multidões são deixadas em lágrimas pela intensidade. Esse tipo de show não é um assunto frequente, já que as bandas estão completamente esgotadas após suas apresentações. ”(Fonte: Thrasher , janeiro de 1986)

Emo pode ser ridículo, mas o não é totalmente falso: o gênero que MacKaye e Piccioto ajudaram a criar tornou-se conhecido por bandas que usam seus corações em suas mangas. Mesmo em 1986, o emo estava sendo mitificado e romantizado como um estilo de música que deixava o público em lágrimas e deixava os artistas “completamente esgotados”.
Era instrumentos derrubados, destruídos, gente chorando, pessoas sangrando a garganta de tanto gritar, banda tocando de costa para plateia, pessoas com jaquetas escritas nas costas com o nome "Não chore garoto Emo" ou "Enfie a faca nas minhas costas".
O Emo foi buscar, essa lágrima, esse grito. Questionando sobre seus valores. Era necessário romper com os limites impostos pelo Hardcore e todo o preconceito que haviam alimentado, tais preconceitos que impediam a exploração de uma música mais criativa.
É por esses motivos que eu tenho orgulho de ser Emo e ser livre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário